sábado, 7 de junho de 2008

Carta de despedida.

Não, eu não quero saber o por quê dessas suas atitudes tão insanas e duvidosas. O que eu quero é agradecer. Agradecer à você por me mostrar a cada dia que você não é, nem nunca foi, quem eu amei. Aquele ao qual amei, habitava o seu corpo numa espécie de personagem, no qual eu fiz e refiz várias vezes todas as qualidades e perfeições. Escrevia o roteiro das suas falas e organizava explicações plausíveis pra todas as suas outras ações tão inexplicáveis. Mas hoje, o palco caiu, a curtina se fechou, a platéia se foi. O personagem foi ruindo, ruindo até existir somente o pó e o cenário. Este no qual eu prefiro não me desfazer pois pode servir à outros personagens que talvez eu venha a criar. Já o pó, eu estou varrendo ele pra debaixo do tapete, pra que no futuro eu possa levantá-lo, olhar aquela sujeira e ver no que não se deve acreditar.
Sim meu caro, isso se deve inteiramente à você.
O personagem perfeito, envolto na redoma de vidro impenetrável e intocável, foi desfeito, sua redoma quebrada, o roteiro desmentido. E eu, durante esse desfeche, permaneço aqui sentada como expectadora que agora sou, assisto tudo com interesse e, confesso, achando um pouco de graça.
Nada como rir da sua burrice de outrora.
Nada como perceber a beleza da mudança.

Méritos seus e, somente, seus.

Att.
Clara

4 comentários:

Adrielly Soares disse...

Me vendo como espectadora me sinto enganada, sei lá, é que a magia do personagem acaba não é ?
Eu não sei, acho que não consigo achar graça.

Gosto como você desenvolve o texto envolta do assunto original sem perder o contexto ou o assunto e sem deixar massante.

;* lérida.

Adrielly Soares disse...

EXpectadora. ¬¬

Adrielly Soares disse...

ahh eu comentei nos anteriores, tah ligada neh ?
eu não consigo ver que tem textos anteriores sem coments meus.
=X

♥MáH♥ disse...

Faço minhas as suas palavras...
omo eu queria mandar essa carta viu?
aff

beijooo