sexta-feira, 5 de março de 2010

À procura daquele perfeito.

Os últimos 5 meses foram meses conturbados. Durante esse tempo vários passaram nas minhas mãos, nenhum que durasse tempo o suficiente pra poder falar que prestava. O primeiro era pequeno, franzino, com cara de quem deixa transparecer a fraqueza que tem, mas paguei pra ver e pra descobrir algum tempo depois que ele não satisfazia as minhas necessidades, exatamente pela fraqueza. O segundo, resolvi apostar num de tamanho mediano, que parecia mais seguro, não era muito chamativo por fora, mas beleza não era tão importante naquele momento. Esse também não durou muito tempo e então resolvi exagerar: o terceiro era enorme, forte, com braços compridos, por ter todo esse porte me dava mais trabalho que os outros, não era fácil lidar com ele, aquele jeito desengonçado, todo atrapalhado mas era resistente e achei que com ele meus problemas estavam resolvidos. Me senti mais segura, mais pronta pra enfrentar os problemas de todos os dias. Mas esse também foi embora me levando a crer que eu deveria começar a escolher melhor. A partir de então comecei a escolher não pela forma física, mas sim pelo material, pelo que se é feito, a essência. No começo, cometi um erro que me levou mais um: escolhi pela beleza, delicadeza e suavidade que fazia dele, um charme só. Mas era delicadeza demais e não durou muito tempo até que ele também desmoronasse. Venho desde então escolhendo diferentes jeitos e tamanhos tentando achar aquele que conseguirá ser meu parceiro por pelo menos mais que 2 semanas. O último que escolhi era totalmente o oposto, não chamava atenção, não tinha charme, mas tinha feições duras, simétricas, cor de chocolate. Transpassava segurança, as vezes parecia intocável, como se nada fosse desmoronar aquela rocha que parecia ser feito. Porém, após 2 dias intensos e cansativos Braga me levou mais um embora. Aquela força toda também desmoronou como todos os outros me deixando sozinha no momento em que mais precisava dele. Não Braga exatamente, mas esse vento inútil que não para de soprar trazendo essa chuva fria infernal, destruindo cada um deles, entortando cabos, hastes, não sobrando praticamente nada. Tô saindo mais uma vez pra comprar outro guarda-chuva novo. Não sei porque ainda insisto em usá-los.