Então você me liga, faz questão e me chama pra sair. Eu digo que sim, que seria ótimo. Logo em seguida me dá aquele desânimo, aquela preguiça. Era pra isso acontecer? Nunca tinha sentido tamanha preguiça por receber um convite assim.
Mas eu não poderia deixar de aceitar. Um metro e oitenta muito bem distribuídos na tonalidade moreno chocolate. E o perfume? Não. Eu não poderia recusar. Mas essa minha falta de empolgação me perturba.
Mas então depois de me chamar pra sair você desaparece. E isso me tira do sério! Agora eu quero você de qualquer jeito. Daquele meu jeito conhecido: desesperador, impaciente. Quero e quero agora! Por que você não liga? O meu desânimo desaparece e eu me acho estupidamente idiota.
O telefone está tocando agora! É você! Finalmente deu sinal de vida.
Desligo o telefone com aquela mesma preguiça de antes.
Paro pra pensar: algum de nós dois tem a mínima noção do que realmente quer?
Um comentário:
coisa de mulher isso ai. tu expressou maravilhosamente bem o que passa na minha cabeça em certas situações. e realmente, muitas vezes eu não sei o que eu quero.
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